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Empresário suspeito de ligação com PCC tem quase 30 postos em Goiás

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Publicado em 03/09/2025

Armando Hussein Ali Mourad é irmão de um dos principais alvos da megaoperação Carbono Oculto

O empresário Armando Hussein Ali Mourad, irmão de um dos principais alvos da megaoperação Carbono Oculto na última quinta-feira (28), Mohamad Hussein Mourad, é sócio e/ou administrador de, pelo menos, oito postos de combustíveis no Entorno do Distrito Federal, além de outros cerca de 20 pelo restante Estado, inclusive em Goiânia.  A ação da última semana cumpriu 200 ordens de busca, apreensão e prisão contra 350 alvos ligados a um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis (por meio de adulteração), controlado pelo PCC, em dez estados brasileiros, entre eles o território goiano.

Segundo a PF, Mohamad usava parentes para dar aparência de legalidade aos negócios. Além dos postos, Armando também assumiu uma distribuidora em Goiás, conforme a corporação. Os locais foram usados para lavar dinheiro e expandir os negócios da família.

Os postos de Armando, informou a PF, são “bandeira branca”. Isso significa que eles não possuem vínculo direto com grandes distribuidoras de petróleo. Ainda sobre os estabelecimentos, quatro levam o nome de Infinity e dois de PPostos. Saiba onde estão aqueles localizados no entorno do DF:

  • PPostos Abadiânia, em Abadiânia
  • PPostos Alexânia, em Alexânia
  • Posto Infinity Alexânia, em Alexânia
  • Posto Infinity Goianésia, em Goianésia
  • Posto Infinity Luziânia, em Luziânia
  • Posto Futura Niquelândia, em Niquelândia
  • Posto Infinity Divisa, em Santo Antônio do Descoberto
  • Posto Santo Antônio, em Santo Antônio do Descoberto

Ele ainda possui ou administra outros 20 postos pelo Estado, inclusive em Goiânia e região metropolitana. Confira:

  • Sucesso Auto Posto (Justiniano e Justiniano Real Combustíveis), em Aparecida de Goiânia
  • Posto Dipoco, em Catalão
  • Posto Infinity, em Catalão
  • Posto Atlântico, em Goiânia
  • Posto Canaã, em Goiânia
  • Posto Parada 85, em Goiânia
  • Posto São José, em Goiânia
  • PPostos Hidrolândia, em Hidrolândia
  • Futura Cristo, em Jataí
  • Futura JK, em Jataí
  • Futura Shopping, em Jataí
  • Futura Vilelão, em Jataí
  • Posto da Serra, em Morrinhos
  • Posto Infinity Morrinhos, em Morrinhos
  • Posto Avenida, em Rio Verde
  • Posto Infinity, em Rio Verde
  • Posto Infinity (Posto Vini Show), em Senador Canedo
  • Posto Infinity Redevoada, em Senador Canedo
  • Posto Nova Era, em Senador Canedo
  • Posto Yellow, em Terezópolis de Goiás

O levantamento foi divulgado pelo Metrópoles.

Megaoperação

Conforme as investigações, importadoras traziam Nafta e diesel do exterior com recursos de empresas ligadas aos criminosos. As distribuidoras, então, revendiam com fraudes e sonegavam impostos, além de adulterar os combustíveis com metanol para potencializar os lucros.

Foi apurado, ainda, que os mais de mil postos envolvidos recebiam pagamentos em espécie e máquinas de cartão, e registravam como valores legais. A movimentação estimada, entre 2020 e 2024, foi de R$ 52 bilhões, com baixa arrecadação de impostos. Apenas uma Fintech ligada ao grupo movimentou R$ 46 milhões nos quatro anos.

Ainda sobre a lavagem de dinheiro, os suspeitos investiam em fundos e bens, como caminhões, usinas, bem como imóveis e fazendas, e mais. Durante a megaoperação, a investigação também solicitou bloqueio de R$ 7,6 bilhões na tentativa de recuperar R$ 7,6 bilhões em tributos estaduais. Mais de mil postos participavam da lavagem de dinheiro, conforme a Receita Federal, Ministério Público e Polícia Militar.

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