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Entenda como a chegada de Artur pode ter afetado a utilização de Endrick no Palmeiras

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Joia do Verdão não saiu do banco de reservas na partida contra o Cerro Porteño e não é titular há mais de um mês

Alexandre Guariglia e Gabriel Amorim•

Publicada em 26/05/2023 – 05:52•

São Paulo (SP)

O Palmeiras vive ótima fase na temporada e segue favorito nas três competições que disputa. Acontece que há sempre um “porém” ou outro, e uma situação que gera certo debate sobre o time é a utilização de Endrick. Apesar de muitas especulações sobre o que tem afastado o jovem da equipe titular, a verdade é que se trata de uma opção puramente tática do técnico Abel Ferreira, proporcionada principalmente pela chegada de Artur.

Depois de ser decisivo e ajudar o Verdão a ser campeão brasileiro de 2022, Endrick não tinha outro caminho que não fosse começar 2023 não apenas no elenco principal, mas como titular do time. Já negociado com o Real Madrid e sem qualquer “novela” para atrapalhar sua trajetória no clube sua entrada de vez no 11 inicial era até óbvia, lembrando que Scarpa sairia e deixaria uma lacuna na formação de ideal de Abel. O ataque com Veiga, Rony, Dudu e Endrick passava a ser realidade.

Acontece que no futebol nem sempre a matemática é exata. Embora o time tenha iniciado a temporada muito bem, com dois títulos e seguindo como a equipe mais forte do país, Endrick demorou a marcar seu primeiro gol no ano. Foram 12 jogos de jejum em 2023 até balançar a rede na primeira partida da final do estadual. Ele ainda marcou no jogo da volta, que definiu a taça para o Alviverde e poucos dias depois deixou sua marca na estreia do Brasileirão, contra o Cuiabá. De lá para cá, porém, ele não mais foi titular e ficou cinco jogos sem entrar em campo.

Depois de não ser utilizado também contra o Cerro Porteño, o LANCE! buscou informações se tem havido algum tratamento diferenciado com o atleta ou se há algum problema que esteja afetando a presença da joia no time. Nas diferentes fontes consultadas pela reportagem, a resposta foi a mesma: “opção de Abel Ferreira”. Endrick segue a mesma preparação de seus companheiros e tem uma equipe fora de campo para cuidar de todas as suas necessidades. Nos treinos, é muito elogiado pela sua entrega e dedicação, inclusive pelos mais experientes do grupo. Quando todas as vertentes apontam para a “opção de Abel”, fica até mais fácil buscar explicações. A formação ideal do Palmeiras, embora o português tenha tentando alternativas, é aquela com Rony como “falso 9”. É muito claro que o camisa 10 não vai sair do time, é peça fundamental para a engrenagem funcionar. Dessa forma, sobram apenas as vagas nas pontas ou na meia. Dudu é outro titular absoluto em uma ponta, então uma dessas vagas é dele. Veiga é mais um garantido, restando apenas um lugar no ataque. Abel Ferreira já vinha pedindo um reforço para essa posição e ele queria um ponta canhoto rápido. Na cabeça do técnico, era a peça que faltava para fechar esse 11 ideal depois da saída de Scarpa. A contratação não veio no início do ano, por isso a tentativa com Rony pela ponta e Endrick pelo meio, que acabou por ser abortada quando tentou Tabata pela direita e Rony de volta ao centro. Mas aí a diretoria conseguiu fechar a chegada de Artur, do Bragantino, que estreou entre as duas finais do Paulistão e não mais saiu do time titular.

Não é à toa que desde aquela época Endrick não é titular. O garoto até teve seu lugar na estreia do Brasileirão, mas quando Rony estava se recuperando de cirurgia. A presença de Artur, como o próprio Abel afirmou em entrevista coletiva após a vitória sobre o Cerro, atende a todas as necessidades que a comissão técnica entendia precisar para aquela função, que é atacar e defender na mesma proporção e ainda entregar gols e assistências para finalizações. Artur parece estar jogando no time de Abel há muito tempo, mas faz apenas dois meses.

Neste momento, o português acredita que Endrick não é opção que possa fazer essa função pela ponta e na verdade, briga por uma chance no lugar de Rony, mas tem a concorrência de López e Navarro, que cresceram de produção ultimamente. Nesta temporada, a joia palmeirense entrou em campo em 22 jogos e marcou quatro gols, sendo o quinto maior artilheiro do elenco até aqui. Endrick faz parte dos planos da comissão técnica e é tratado como um excepcional jogador no clube, mas neste momento há um trio na frente que não dá espaço.

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