Casal atualmente mora em uma comunidade do Rio de Janeiro, onde desfruta da proteção de uma facção criminosa
Apontados como chefes do tráfico em algumas regiões de Goiânia, Valter Esteves de Bessa Júnior, e Paolla Bastos Neiva são procurados pela justiça do Mato Grosso por participação em um duplo homicídio, que vitimou pai e filha no início deste ano. Essa semana, a Polícia Civil de Goiás conseguiu bloquear R$ 1,5 milhão em contas e bens do casal.
De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), o casal, que atualmente mora em uma comunidade no Rio de Janeiro, onde estaria sendo protegido por integrantes de uma facção criminosa, movimentou, em 90 dias, R$ 3 milhões. Após as provas apresentadas pela polícia, a justiça decretou o bloqueio de bens e contas de Valter e Paolla.
Esta semana, uma camionete, avaliada em R$ 250 mil, e que foi adquirida em dinheiro, pela mãe de Paolla, foi apreendida pela Denarc. Os agentes trabalham agora para identificar imóveis que teriam sido adquiridos pelo casal, com o dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Ao apresentar o caso à imprensa, o delegado Rhaniel Almeida, titular da Denarc, destacou que Valter e Paolla, que tem um mandado de prisão aberto em Goiás, também são procurados no Mato Grosso, mas pela prática de um duplo homicídio. O casal seria responsável, segundo investigações conduzidas pela PC do Mato Grosso, pela execução de João Vitor Menezes Soares, que tinha 22 anos, e da filha dele, Zayra Menezes, de apenas dois anos.
João Vitor, que morava em Goiânia, e também possuía um mandado de prisão em aberto, por tráfico de drogas, teria sido jurado de morte após ser acusado por Valter de participação no assassinato de um comparsa dele. Desde então, ele se mudou com a família para o Mato Grosso.
Os dois autores do duplo homicídio já foram presos, e teriam confirmação a participação de Valter e Paolla na execução. A Denarc decidiu divulgar as identidfades de imagens do casal para que, caso alguém tenha informações sobre o paradeiro deles, ou que saibam de outros crimes, denunciem.
A reportagem do MaisGoiás não conseguiu contato com a defesa dos dois procurados, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.