Em memória às vítimas do novo coronavírus no país, manifestantes instalaram 1 mil cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios neste domingo. O ato foi realizado em protesto contra a política de enfrentamento da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro. Já outro grupo, favorável ao presidente, fez manifestação pedindo “Intervenção Militar com Bolsonaro no Poder”. Os protestos foram pacíficos.
O grupo Coletivo Resistência_Ação, que organizou a instalação de cruzes na Esplanada, crítica o ” negacionismo como forma prioritária de ação” adotada pelo governo no combate a Covid-19. ” A tragédia tem responsáveis. O governo do presidente Bolsonaro e do vice-presidente, General Mourão”, diz a nota divulgada pelo grupo, que se apresenta como suprapartidário de esquerda.
O Brasil tem 1.319.274 casos e 57.149 mortes de Covid-19, segundo levantamento do consórcio de veículos da imprensa em boletim das 8h.
“Milhares de mortes poderiam, ainda, terem sido evitadas se o Sistema de Saúde-SUS não estivesse em vias de falecer também, destruído por esse governo privatista, insensível à situação do povo que deveria proteger, principalmente aquelas pessoas em situação de vulnerabilidade social”, diz o texto. Os manifestantes rezaram, cantaram e por volta das 9h40 retiraram as cruzes a pedido da Polícia Militar do Distrito Federal.
Passeata pró-Bolsonaro
Uma parte dos apoiadores pró-Bolsonaro se concentrou, no período da manhã, próximo à Catedral Militar Rainha da Paz e seguiu em passeata até Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). Eles portavam várias faixas com os dizeres: “Nós exigimos intervenção militar com Bolsonaro no poder”, “Tribunal Militar para prender e julgar todos os comunistas” e “SOS F.A Bolsonaro no poder”.
Outro grupo, um pouco menor, se concentrou na Praça dos Três Poderes. Eles chegaram a se encontrar, mas logo se dispersaram no início da tarde.