O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (MDB), comunicou, em reuniões realizadas na semana passada com sindicatos patronais filiados à entidade, que não concorrerá a um novo mandato na entidade de classe.
Skaf está no comando da Fiesp desde 2004 e se reelegeu pela última vez em 2017, tendo começado o seu último mandato em 2018. Ele deixa o cargo em dezembro de 2021.
Pelo estatuto da federação, ele não poderia concorrer à reeleição, mas aliados do dirigente chegaram a pedir que ele alterasse as regras para poder disputar novamente. O emedebista já escolheu um nome para sucedê-lo. Em ao menos outras duas oportunidades a Fiesp havia alterado o estatuto para permitir a reeleição do empresário.
Skaf pretende disputar o governo de São Paulo em 2022 com o apoio do Palácio do Planalto. O emedebista é hoje um dos principais aliados políticos do presidente no Estado de São Paulo e tem feito a ponte entre o mandatário e os representantes do empresariado paulista.
O empresário foi candidato ao governo nas últimas três eleições. Em 2010, pelo PSB, ficou em quarto lugar, com 1.038.430 votos; em 2014, já no MDB, ficou em segundo, com 4.594.708 votos; e em 2018, foi o terceiro, com 4.269.865 votos.
A relação entre Skaf e o MDB está desgastada e a expectativa no seu entorno é que ele migre para a sigla que Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil, ou para a legenda para onde o mandatário migrar para disputar a reeleição.
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