A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou o extrato do Termo de Compromisso assinado com o Instituto Butantan. O documento, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite de domingo (17) estabelece as obrigações da agência e do Butantan, “visando a execução do estudo de avaliação da resposta imunogênica de participantes do estudo clínico de fase 3 da vacina CoronaVac que desenvolveram a doença e um subgrupo de 10% dos participantes que não desenvolveram a doença nos períodos pré-vacinação, duas semanas e quatro semanas após a vacinação”.
A diretoria da Anvisa aprovou no domingo, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que será fabricada e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.
Para passar a valer o uso emergencial, a Anvisa determinou que o Butantan assinasse antes esse termo de compromisso para apresentar dados de imunogenicidade da vacina até 28 de fevereiro, e que ele fosse publicado no Diário Oficial. Estas informações devem mostrar por quanto tempo a vacina é segura e eficaz.
Tal exigência chegou a ser considerada uma dificuldade para que o governo paulista abrisse ainda no domingo a campanha de vacinação. No entanto, antes de cumprir o rito exigido pela Anvisa, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez uma cerimônia para garantir a primeira foto da vacinação no País. A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, há oito meses na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas, foi a escolhida e a primeira brasileira a receber uma dose da CoronaVac.