O presidente da Câmara de Goianésia, Fábio Oliveira dos Santos, o Fábio da Enigma (MDB), informou por nota que o poder Legislativo municipal foi alvo de hackers e teve R$ 200 mil furtados de sua conta legislativa, após um funcionário da Casa ser enganado. De acordo com o texto, “não é de nosso interesse expor os servidores que porventura foram alvos dessa ação maldosa. O assunto é administrativo e não será tratado de forma politiqueira”.
A nota diz ainda que a Caixa Econômica Federal fará a restituição de forma espontânea ou judicial, pois o que interessa à Câmara “é ter esse dinheiro de volta aos cofres públicos”. O caso ocorreu na segunda quinzena de fevereiro.
Ao Mais Goiás, a delegada responsável pela investigação, Poliana Bergamo, informou que a Polícia Civil (PC) já instaurou inquérito para apurar a fraude eletrônica. De acordo com ela, a corporação investiga os fatos, “principalmente a autoria delitiva e o destino desse dinheiro subtraído.”
Ela explica que os criminosos podem responder por fraude eletrônica, que tem pena 4 anos a 8 anos – agravada de 1/3 por se tratar de entidade de direito público- e também por organização criminosa, cuja pena é de três a oito anos.
Detalhes
Poliana revela que, em 21 de fevereiro, os servidores tiveram dificuldades para acessar eletronicamente a conta bancária da instituição. “No dia 22, a dificuldade permaneceu e, à tarde, um homem que se identificou como funcionário da Caixa ligou na Câmara e disse que notou várias tentativas de acesso à conta e que ajudaria a resolver o problema.”
Ainda de acordo com a policial civil, um funcionário da Câmara acreditou no indivíduo e repassou as informações solicitadas pelo “falso funcionário”. “Depois disso, a Câmara constatou duas transferências fraudulentas de R$ 100 mil.” Ela expõe que o banco conseguiu bloquear R$ 60 mil das transferências.
O portal tentou contato com o presidente Fábio da Enigma, mas não teve sucesso.
Confira a nota do presidente da Câmara de Goianésia
“A Câmara Municipal foi alvo de hackers e teve sua conta subtraída em 200 mil, o que está sendo investigado pela Delegacia de Polícia na pessoa a delegada Poliana Bergamo.
Não é de nosso interesse expor os servidores que porventura foram alvos dessa ação maldosa. O assunto é administrativo e não será tratado de forma politiqueira.
O que interessa para a Câmara é ter esse dinheiro de volta aos cofres públicos. A Caixa sabe que vai ter que fazer essa restituição de forma espontânea ou judicial.
Enquanto isso a atual gestão da Câmara continuará com o propósito a que formado no início. Pra finalizar, estamos à disposição de segunda a sexta-feira para tirar qualquer dúvida de munícipes, que, de forma séria, querem maiores explicações sobre o fato.”