Início Brasil Polícia apura 30 denúncias de mulheres contra cirurgião preso no Rio

Polícia apura 30 denúncias de mulheres contra cirurgião preso no Rio

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Pelo menos 30 mulheres procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, para denunciar por erro médico o cirurgião plástico equatoriano Bolívar Guerrero Silva, 63.

Um dos casos investigados é uma morte inicialmente notificada como decorrente de Covid-19. Porém, suspeita-se que possa ter sido causada por uma falha do profissional.

Silva está preso desde o dia 18 do mês passado. Ele é suspeito de manter uma paciente em cárcere privado em um hospital.

Procurado, o advogado de defesa dele, Darlan Renato, não atendeu as ligações.

A delegada Fernanda Fernandes confirmou que as denúncias foram feitas somente por mulheres atendidas pelo cirurgião. A mais recente foi feita nesta segunda (1º). A polícia também deve apurar se a morte de uma mulher teria relação com a atuação do médico.

Fernandes não deu detalhes dos casos, que estão sob sigilo.

Pacientes que procuraram a delegacia afirmaram que ficaram deformadas e com sequelas após terem sido operadas por Silva.

Em 25 de julho, quando 20 pessoas já haviam buscado a polícia para denuncia-lo, a defesa do médico disse que não poderia comentar os casos que chegaram à delegacia porque ainda não tinha tido acesso aos relatos.

A prisão do cirurgião ocorreu a partir do caso da paciente Daiana Chaves Cavalcanti, 36. Depois de realizar uma abdominoplastia em março, ela retornou outras duas vezes ao Hospital Santa Branca, do qual Silva é sócio, ao sentir dores no período pós-operatório.

No início de julho, ela voltou a ser internada no hospital e permaneceu contra a própria vontade, segundo a família, porque Silva não a liberava. Enquanto isso, feridas não cicatrizadas foram se agravando, a ponto de necrosar.

Cavalcanti foi resgatada pela polícia e transferida para o Hospital Federal de Bonsucesso, zona norte do Rio.

O Hospital Santa Branca disse, em nota, que as alegações de Cavalcanti são “inverídicas”, que “jamais houve qualquer tentativa de mantê-la em nosso estabelecimento contra a sua vontade” e que “a paciente teve prestado pelo hospital todos os cuidados devidos”.

A defesa de Cavalcanti entrou na Justiça com um pedido de reparação por danos morais no valor de R$ 200 mil contra o Hospital Santa Branca e contra Silva.

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