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ESG na prática: proteção de dados e privacidade devem nortear atuação das empresas

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Uma gestão segura de dados, e que garanta privacidade dos usuários, cada vez mais ocupa um lugar estratégico para as empresas que buscam na inovação e tecnologia suportes para seu crescimento sustentável. Com o processo de digitalização crescente dos últimos anos, a privacidade e segurança dos dados passou a integrar o pilar de governança dentro da sigla ESG, conhecida pelo conjunto de boas práticas voltadas ao meio ambiente, aos temas sociais e à própria governança como forma de gerar confiança entre seus stakeholders. Os dados estão no centro das interações pessoais, relações com empresas, governos e possibilitam o acesso a praticamente todos os serviços e aquisição de produtos. Desde que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/18) entrou em vigor no Brasil, empresas e pessoas têm compreendido o valor dos dados pessoais e, exercido na prática, ações de proteção às informações compartilhadas. Do lado das empresas, a estratégia passa por estruturar políticas e procedimentos para estabelecer precisão, confiabilidade, integridade e segurança dos dados, além de assegurar ao usuário a autoridade para decidir sobre seus próprios dados pessoais. No caso justamente das pessoas, vemos hoje um crescente movimento em prol das marcas responsáveis e alinhadas às práticas ESG. Conforme o estudo da consultoria Walk The Talk by La Maison, 20% dos brasileiros já boicotam marcas que não são responsáveis em temas de ESG. A pesquisa ainda revela que 94% dos entrevistados esperam que as empresas façam algo sobre ESG e atuem para solucionar tais problemas. “A opinião pública tem motivado mudanças importantes nas empresas ao redor do mundo. As pessoas querem entender como seus dados pessoais são captados, utilizados e armazenados, exigindo privacidade e segurança durante as transações, como acesso a serviços e compras online. Privacidade é algo inegociável e, por isso, o desafio é ir além da regulação para oferecer privacidade como diferencial competitivo”, diz Yasodara Cordova, pesquisadora em privacidade da Unico, empresa brasileira especializada em identidade digital. Metodologias como o Privacy By Design (privacidade desde a concepção), podem apoiar os negócios a desenvolver soluções incorporando a privacidade desde a concepção e durante todo o ciclo de vida dos produtos, garantindo controle sobre os dados pessoais e transparência. Desenvolvido nos anos 1990 pela especialista em privacidade de dados, Ann Cavoukian, a metodologia garante competitividade às organizações que a colocam em prática, conforme explica a pesquisadora da Unico: “ao investir em engenharia de privacidade, as companhias têm adotado uma postura proativa e transparente para implementarem soluções em conformidade com a LGPD, com segurança de ponta a ponta. Com respeito ao cidadão, os investimentos são mais assertivos e, consequentemente, há benefícios para todo o ecossistema em que a empresa atua.” A conscientização sobre a atuação das empresas e o entendimento da sociedade sobre a importância da privacidade e da governança de dados tem ganhado destaque nos últimos anos. E seus benefícios podem ser aliados estratégicos para os negócios, incluindo dados assertivos e confiáveis, em conformidade com a LGPD e aos temas de compliance, além da redução de custos e garantia da própria sustentabilidade do negócio.

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