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Ex-narrador da Globo detona modelo de contratação da empresa: ‘Perdeu a mão nesse aspecto de inclusão’

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Jornalista questionou os critérios de contratação e disse que o talento se tornou “quarta opção”

Ex-narrador do Grupo Globo, Jorge Vinícius detonou o atual momento da emissora e direcionou fortes críticas ao modelo de gestão de profissionais. Durante participação no podcast “Parlando de Palmeiras”, na quinta-feira, o jornalista chegou a dizer que a empresa, atualmente, só contrata pessoas pretos, mulheres e homossexuais e que o talento estaria em “quarto plano”.

Atualmente no Grupo Thathi de Comunicação, no interior de São Paulo, Jorge trabalhou no SporTV de 2010 a 2018. Na entrevista, ele afirmou ser a favor da inclusão, contudo, a Rede Globo estaria
“exagerado na alteração do quadro de funcionários.

– Hoje a Globo contrata preto, mulher e homossexual. O talento é o quarto plano hoje, essa é realidade. Perderam a mão. Sou favorável à inclusão. Não sou preconceituoso. Ao contrário! Tenho amigo gay, amigas mulheres. A Globo perdeu a mão completamente – disse.

Segundo o narrador, os méritos e qualidade dos profissionais têm que sobressair a questões étnicas ou sociais.

– Quantos pretos não tivemos com histórias lindas e maravilhosas? Vou citar dois, um homem e uma mulher. Glória Maria, saudosa Glória Maria, o que representou essa mulher para o jornalismo? Preta, mas acima de mulher e acima de ser preta, ela tinha talento. Heraldo Pereira, esse cara é um monstro, é um jornalista acima da média. Sou fãnzaço dele. Quantas vezes ele esteve na bancada do principal produto da Globo em termos de jornalismo que é o Jornal Nacional – questionou.

Ainda de acordo com ele, a emissora cometeu “etarismo” (conjunto de estereótipos, preconceitos e discriminações baseados na idade) em algumas demissões de profissionais que estavam há muito tempo na empresa.

– O trabalho de inclusão é importante? É. Tínhamos pouco? Tínhamos, concordo. Mas não vamos perder o foco. Em qualquer atividade, primeiro, o talento. Se não você gera outro preconceito. A Globo perdeu tanto a mão nesse aspecto de inclusão que agora existe o etarismo. Será que eles não estão enxergando ou não estão preocupados? Cortaram altos salários, que é questão de administração, mas uma coisa que não é legal é mandar embora pessoas que completam 50 anos, 55 anos, 60 anos… A Globo tá mandando embora gente de qualidade ainda que tem muito para dar – afirmou.

 

 

 

 

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