sábado, novembro 23, 2024
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G20: polícia simula ação contra ameaça terrorista no Cristo Redentor

Exercício contou com 40 policiais do Core

Policiais civis fizeram nesta segunda-feira (15) um exercício simulado contra ameaça terrorista no monumento do Cristo Redentor, em preparação para a reunião de cúpula do G20, que acontece em novembro, no Rio de Janeiro. O local é um dos atrativos turísticos mais icônicos do Brasil.

A simulação envolveu 40 policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que tiveram que lidar com um pacote suspeito abandonado no local, seguido por uma ameaça que indicava a existência de suspeitos ainda nas proximidades.

Um perímetro de segurança foi montado, com o posicionamento estratégico de atiradores de elite. Aeronaves e cães farejadores buscaram os suspeitos nos arredores, enquanto uma equipe do Esquadrão Antibombas trabalhava para lidar com o possível artefato explosivo.

Questões globais que atingem e preocupam o mundo, como o aquecimento do planeta, a fome e o desenvolvimento sustentável, são discutidas pelo G20, principal fórum de cooperação econômica internacional. O Brasil faz parte do grupo desde a sua criação em 1999, e este ano ocupa a presidência temporária, pela primeira vez no seu formato atual. O professor de Relações Internacionais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Williams Gonçalves, ressalta que o Brasil é um dos protagonistas do grupo pelo seu poder econômico. E além disso, lidera as discussões em alguns campos essenciais.  

“Não pode haver nenhuma discussão séria consequente sobre meio ambiente sem a participação do Brasil, tendo em vista as nossas características geográficas, a Amazônia, etc. É a mesma coisa em relação à matriz energética. O Brasil tanto é um grande produtor, um grande reservatório de petróleo, como é também um país que usa diferentes matrizes energéticas como eólica, a queda d’água. Então nós temos, pelas nossas características, uma importância muito grande”.

Ocupar a presidência do G20 é uma oportunidade única de definir os assuntos prioritários e exercer influência nos debates. Ao assumir a liderança temporária do grupo, o presidente Lula anunciou os três temas eleitos pelo Brasil. 

“Temos que colocar a redução das desigualdades no centro da agenda internacional. Por isso, a presidência brasileira do G20 tem três prioridades: a inclusão social e o combate à fome, a transição energética e o desenvolvimento sustentável, em três vertentes. A vertente social, a vertente econômica, e a vertente ambiental. Terceiro, a reforma das instituições de governança global”.

O principal evento do ciclo da presidência brasileira será a reunião de cúpula, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, quando chefes de Estado e de Governo irão debater acordos negociados ao longo do ano, em centenas de reuniões temáticas, que já estão sendo realizadas. Até agora, duas forças-tarefa resultantes dessas discussões foram anunciadas: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima. O Brasil também lidera as negociações de medidas como o apoio do G20 à criação de um estado Palestino e um compromisso entre os países membros para a taxação de grandes riquezas.

O professor Williams Gonçalves acredita que o ciclo da presidência brasileira terá bons resultados.

“O Brasil tem condições de fazer, de ter um bom desempenho, exercer uma boa presidência e fazer com que com que os temas que o presidente Lula considera os mais importantes, a começar pelo combate à fome e reforma da organização das Nações Unidas, isso possa vir a ser discutido seriamente”, afirma.

Os acordos decididos no âmbito do G20 têm impacto global porque o grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial e 75% do comércio internacional. Além disso, o grupo é composto por 19 países membros, mais a União Europeia e a União Africana, onde vivem 2/3 da população mundial.

Edição: Tâmara Freire / Fran de Paula

Publicado em 05/03/2024 – 16:45 Por Carolina Pessoa – repórter da Rádio Nacional – Rio de Janeiro

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