O grupo Casas Bahia ingressou com pedido de recuperação no final de abril. O objetivo é estender o prazo para pagar R$ 4,1 bilhões em dívidas.
O grupo Casas Bahia anunciou que ingressou com um pedido de Recuperação Extrajudicial com seus credores no final de abril. O objetivo do grupo varejista é estender o prazo de pagamento de uma dívida que supera os R$ 4,1 bilhões, sem entrar em regime de Recuperação Judicial.
O advogado especialista em direito empresarial Hanna Mtanios explica que a principal diferença entre os institutos da Recuperação Extrajudicial e Recuperação Judicial está na intervenção do Poder Judiciário no processo entre a devedora e os credores.
Conforme o especialista, o processo de Recuperação Judicial é mais caro e envolve a participação do Poder Judiciário em todas as fases do processo de pagamento das dívidas, com administrador judicial e custos mais caros com as custas dos processos e com advogados.
“Essa é a diferença mais importante, porque na Recuperação Extrajudicial existe um acordo entre as partes. A participação é menos ativa do Poder Judiciário, que pode homologar o acordo entre a devedora e os credores”, explicou.
Casas Bahia
Conforme Hanna Mtanios, o processo de recuperação do grupo Casas Bahia deve ser benéfico, mas só o tempo poderá confirmar se a opção para o grupo varejista foi a melhor.
“No primeiro momento terá um efeito negativo, que é o efeito que os credores acham ruim porque pensam que não vão receber e terão um deságio. Mas, com o tempo, a empresa se mantém no mercado, continua mantendo emprego e renda e pagando impostos, e isso é bom para a economia”, pontuou.