quinta-feira, outubro 3, 2024
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Petrúcio se torna tri paralímpico nos 100m; Ricardo Mendonça também é ouro

Petrúcio completou os 100 metros em 10s68 na categoria T47

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Petrúcio Ferreira se tornou tricampeão dos Jogos Paralímpicos. Ela conquistou a sexta medalha paralímpica, a terceira de ouro, na tarde desta sexta-feira (30), nos 100m na classe T47 (deficiência nos membros superiores) do atletismo.

O brasileiro fez a prova em 10s68. Completaram o pódio o norte-americano Korban Best, que passou a linha de chegada em 10s75 e levou a prata, e o marroquino Aymane El Haddaoui, com 10s75 e o bronze.

Um dos grandes nomes do paratletismo brasileiros, Petrúcio ampliou a coleção particular. Ele já tinha alcançado o topo do pódio nos 100m nos Jogos de Tóquio e no Rio.

“Sou muito orgulhoso das minhas origens, das minhas raízes. Acho que tudo isso que vivi e passei na minha infância, minha família batalhando muito. Tudo isso serviu como moldura, um combustível, para o Petrúcio não desacreditar dos seus sonhos”, disse, ao SporTV.

“Sou do interior da Paraíba, de uma cidade chamada São José do Brejo do Cruz. Pouca gente conhece, mas o Petrúcio está levando para o mundo. Sempre no coração, orgulho da minha cidade. Cidade pequena, conheço o sofrimento, o sonho de muitos, mas, muitas vezes, falta oportunidades. O chapéu que carrego comigo é uma forma de simbolizar o nordeste, que sofre muitos preconceitos, mas, do nordeste, surgem muitos talentos. Petrúcio Ferreira dos Santos, três vezes campeão paralímpico”, completou.

OUTRO OURO BRASILEIRO

Mais cedo, Ricardo Mendonça venceu os 100m da classe T37 (paralisados cerebrais) e conquistou mais um ouro para o Brasil em Paris. Ele fez a prova em 11s07. Essa foi a segunda medalha paralímpica dele, após o bronze nos 200m me Tóquio.

O pódio contou ainda com Saptoyogo Purnomo, da Indonésia, que fez em 11s26 e ficou com a prata, e Andrei Vdovin, que compete sob bandeira neutra, e passou a linha de chegada com 11s41.

“Eu fiz o que tinha que fazer. Saí tendo que correr o mais rápido possível, como meu treinador pede. Na final, não tem corrida bonita, tem corrida rápida. E essa foi rápida o suficiente para trazer o ouro. Melhorei meu tempo, eu queria isso. Não foi tão mais rápido que na semi, mas consegui abaixar e estou muito satisfeito. Ainda não é o fim. Ainda tem os 200m, minha prova favorita. Dos 100m, foi sensacional, não poderia esperar mais”, apontou Ricardo.

Hygor Ferreira Goiânia, GO

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