segunda-feira, setembro 16, 2024
spot_img
InícioEntornoEstudantes da UFG ocupam reitoria para protestar por melhorias na instituição

Estudantes da UFG ocupam reitoria para protestar por melhorias na instituição

Alunos de diversos cursos da Universidade Federal de Goiás (UFG) ocuparam, no início da tarde desta quinta-feira (5), o prédio da reitoria da universidade. De acordo com o Diretório Central dos Estudantes da UFG (DCE-UFG), cerca de 100 alunos participam da ação, que segue sem previsão de término.

A coordenadora do DCE-UFG, Luciana Oliveira, afirmou que diversas reivindicações serão pautadas, mas as principais são: convocação de uma assembleia universitária, recontratação dos funcionários terceirizados e a normalização no pagamento de bolsas de extensão, monitoria e pesquisa.

Além disso, serão levantadas questões sobre o racionamento de uso de água e energia, falta de verbas para realização de aulas e atividades práticas que necessitam de materiais ou que envolvem os laboratórios. “A nossa perceptiva é que contrapropostas sejam feitas”, disse Luciana. “Não queremos briga com a reitoria. Pelo contrário. Este é um ato para mostrar o quanto estamos descontentes de como está a situação da universidade. Caso não tenhamos um posicionamento positivo, a ocupação continua, pois estamos num espaço que é nosso”, destaca.

Luciana ressaltou também que a situação calamitosa que a universidade vive afeta principalmente estudantes que são de baixa renda e os principais projetos que a universidade retorna para a comunidade. “Muitos alunos vêm de outros estados. Temos o Hospital das Clínicas que atende em diversas especialidades. Além de projetos de extensão e as diversas pesquisas que são realizadas aqui e que ajuda toda a população.

A coordenadora destaca que, além da ocupação, uma nova manifestação está marcada para o dia 7 de setembro em prol da Educação. A concentração será realizada na porta da Catedral Metropolitana, a partir das 8h30.

Mais Goiás entrou em contato com a UFG e aguarda um posicionamento sobre o assunto.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Cortes

A instituição sofre com o corte de 30% na verba repassada pelo Governo Federal. Com isso, a universidade já sinalizou que talvez não conclua as atividades no segundo período deste ano.

Em nota publicada no mês de julho, a instituição comunicou que, caso o bloqueio do orçamento feito pelo Ministério da Educação (MEC) seja mantido, todas as atividades da instituição serão paralisadas. O bloqueio foi anunciado pelo responsável pela pasta, Abraham Weintraub, em abril deste ano, e afeta todas as Instituições Federais de Ensino (IFE).

A nota, publicada no site da universidade, afirma que a retenção de 30% do orçamento fez que com que a instituição chegasse ao final do primeiro semestre “com severas dificuldades para a manutenção das atividades meio”, como contratações e aquisições. O esforço tem sido para manter as atividades de ensino, pesquisa e extensão.

RELATED ARTICLES
- Advertisment -spot_img

Mais Populares