JOÃO MARCOS (@_JoãoMarcos97)• Publicada em 19/08/2023 – São Paulo (SP)
A primeira convocação de Fernando Diniz no comando da Seleção Brasileira foi cercada de expectativa, não somente pela mobilização natural que uma convocação da Amarelinha provoca, mas também pelo que se espera do treinador.
No entanto, aqueles que imaginavam grandes novidades na lista do técnico acabaram se frustrando. Isso porque Diniz acabou montando uma lista muito semelhante àquelas que já vinham sendo feitas por seus antecessores, Ramon Menezes (de forma interina) e Tite.
Por atuar no futebol brasileiro, esperava-se que Diniz desse mais oportunidades para jogadores do Brasileirão, especialmente aqueles com quem já trabalhou em outras oportunidades. Um exemplo seria o lateral-esquerdo Caio Paulista que, embora lesionado, tem sido um dos principais jogadores do São Paulo na temporada.
Ou então, para os menos radicais, que fossem chamados jogadores do Botafogo, líder do campeonato com sobras, e que tem atletas de destaque em praticamente todas as posições. São os casos de Lucas Perri (goleiro), Adryelson (zagueiro) e até mesmo Eduardo (meia). Tiquinho Soares, artilheiro do Brasileirão está machucado e, por isso, não seria justa qualquer tipo de cobrança sobre a sua não-convocação.
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De qualquer forma, Diniz parece que optou pela chamada ‘bola de segurança’ em suas primeiras escolhas. O técnico, reconhecido como um inovador – foi chamado de ‘arrojado’ pelo próprio presidente da CBF em seu vídeo de apresentação – escolheu seguir com a mesma base de Tite, técnico criticado justamente por dar poucas oportunidades a jogadores diferentes nas listas de convocação.
A discussão sobre o seu estilo de jogo, a esta altura, já está batida. É obvio que o técnico vai aplicar ideias bem diferentes de seu antecessor. Esse sempre foi o seu estilo. Mas a sensação que fica de seu primeiro ato como técnico da Seleção Brasileira é de que falta algo. Ao menos em um primeiro momento, Fernando Diniz se rendeu ao conservadorismo.
Fernando Diniz durante sua primeira convocação como técnico da Seleção Brasileira (Foto: Thais Magalhães/CBF)