quinta-feira, setembro 19, 2024
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Advogado suspenso pela OAB-GO por causa de estande em shopping consegue liminar

Decisão judicial reconhece ilegalidade da medida tomada pela Ordem

Decisão da Justiça Federal revogou suspensão preventiva de 30 dias imposta pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) ao advogado Lucas Costa. A punição foi feita em decorrência de dois estandes montados durante uma feira realizada em um shopping de Goiânia, em 17 de maio.

Após análise do caso, a Justiça Federal reconheceu a ilegalidade e abusividade, conforme a defesa do advogado, da medida imposta pela OAB-GO e determinou a revogação imediata da suspensão preventiva.

“Além de uma decisão desarrazoada e sem precedentes da OAB, a forma como o caso foi conduzido causou estranheza pela necessidade de exposição e autopromoção dos agentes, o que se mostra não somente ilegal, mas também imoral. Por tudo isso repousava sobre o caso a certeza de que seria atacado pelo judiciário”, avalia o advogado.

OAB determinou retirada de estande e suspendeu inscrições 

A OAB-GO suspendeu cautelarmente as inscrições de dois advogados, inscritos em Minas Gerais e Pernambuco, responsáveis por dois estandes localizados na Feira da Proteção Veicular, promovida nos dias 17 e 18, no Shopping Passeio das Águas, na capital.

Segundo a OAB, as estruturas foram montadas com o intuito de expor e divulgar o trabalho dos advogados para a oferta de serviços advocatícios. A Ordem aponta que isso caracteriza mercantilização da advocacia e captação indevida de clientela.

A entidade argumentou que o artigo 70 da Lei nº 8.906/94 atribui à OAB o poder-dever de apurar infrações disciplinares praticadas por advogados no exercício da profissão e a consequente imposição das sanções disciplinares.

Veja a nota do advogado

A suspensão, amplamente divulgada pela imprensa local, impactou negativamente a reputação e a honra do advogado. No entanto, a resposta legal não demorou a chegar. Por meio de um mandado de segurança, o profissional buscou a revisão da decisão junto à Justiça Federal.

O caso levanta questões pertinentes sobre o exercício da advocacia e a necessidade de um debate transparente dentro das entidades de classe. A revogação da suspensão preventiva representa não apenas uma vitória pessoal para o advogado, mas também um marco na defesa dos direitos e da justiça no âmbito da advocacia.

Com a suspensão revogada, o advogado Lucas Costa retoma suas atividades profissionais com a certeza de que seus direitos foram garantidos pela Justiça Federal.

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