A Polícia Civil de Goiás (PC) cumpriu durante esta semana vários mandados de prisão em aberto contra pessoas que receberam, com suposta irregularidade, o auxílio emergencial do Governo Federal concedido no período de enfrentamento à pandemia do Covid-19. A chamada Operação Voucher, em referência ao programa que ficou conhecido como “Coronavoucher”, mobilizou todas as delegacias regionais no Estado; 106 mandados de prisão foram cumpridos.
Segundo a PC, as pessoas presas na Operação Voucher são suspeitas de cometerem os crimes de falsidade ideológica, cuja pena é a reclusão de 1 a 5 anos; e estelionato, também sob pena de reclusão de 1 a 5 anos. A maior parte delas recebeu parcela de R$ 600, havendo casos em que os suspeitos receberam R$ 1.200 em uma única parcela – valor que seria destinado a mães solteiras. Mais da metade dos presos admitiu ter recebido a primeira parcela do auxílio emergencial.
As prisões foram efetuadas após a Controladoria-Geral da União (CGU) disponibilizar uma relação contendo o nome de 1.102 indivíduos que receberam o auxílio financeiro e possuíam mandado de prisão em aberto. Todas as declarações prestadas pelos detidos serão encaminhadas à Polícia Federal para a tomada das providências legais cabíveis.
A polícia reiterou que alguns dos alvos que receberam o benefício já estavam reclusos em cadeias públicas. Foram presas, até o momento, 106 pessoas, sendo que 32 delas já estavam presas quando receberam o benefício.