Treinador veste camisa 7 alvinegra nesta quarta-feira (12) e se diz orgulhoso por treinar ‘Glorioso do Brasil’
Vinícius Faustini•Publicada em 12/07/2023 – Rio de Janeiro (RJ)
A chegada de Bruno Lage ao Botafogo foi repleta de expectativa. Apresentado no fim da manhã desta quarta-feira (12), o treinador adentrou o gramado do Nilton Santos ao lado do acionista da SAF, John Textor, e vestiu a camisa 7 do Glorioso.
Na sala de imprensa, Textor contou o que foi crucial para trazer Lage para o Alvinegro.
– Não é segredo para ninguém que gosto do estilo europeu, português, atacando em progressão, no futuro quero que esse seja o estilo do Botafogo. Essa não é uma situação usual. Temos de substituir alguém muito bom, de maneira muito mágica, para manter o Botafogo no momento onde está. Tive uma decisão de tomar antes de trazer um treinador interino. Mais do que de se tornar uma busca por Libertadores, se tornou uma competição de caça ao título. – e emendou:
– Estava na dúvida sobre escolher um treinador ou deixar para esperar o momento certo, mas entendi que isso traria dificuldades. O Botafogo deixa de buscar vaga na Libertadores e quer conquistar o título. As metas não mudaram, esse ano segue sendo a Libertadores. A temporada é muito longa, ninguém vai chegar e ganhar tudo, é complicado. Mas quis trazer alguém para fazer ajustes rápidos e manter o time onde está – completou.
- Bruno Lage recebe a camisa 7 do Botafogo das mãos de John Textor (Foto: Arthur Barreto/Botafogo)
Lage foi veemente ao fazer sua primeira declaração como treinador alvinegro.
– As minhas primeiras palavras são dirigidas ao torcedor do Botafogo, porque tem sido uma manifestação fantástica nos últimos dias e também desde que chegamos no aeroporto. Faremos de tudo, eu e minha comissão técnica, para continuar essa temporada fantástica. Já comandei um glorioso em Portugal e, hoje, estou comandando um glorioso no Brasil. Estou feliz por ser o escolhido para levar essa tarefa até o fim – disse o treinador – disse.
O técnico também falou qual é seu plano inicial para o Botafogo.
– Esse vai ser o nosso trabalho ao longo dos meses. Essas coisas acontecem quando as equipes não estão em bom momento e precisamos mudar em termos de motivação. Aqui, nós temos feito uma análise muito cuidadosa da equipe e de como conseguir os resultados. O objetivo é fazer uma transição muito pacífica – garantiu.
Aos seus olhos, o momento é deixar o elenco do Glorioso confiante para a sequência da temporada.
– No futebol, nem quando se ganha está tudo bem e nem quando se perde está tudo mal. A equipe tem feito, em termos de resultados, uma temporada fantástica. Queremos continuar nesse caminho e deixar os jogadores confortáveis – disse.
Lage detalhou como foi sua convivência com Luís Castro, antigo comandante do Alvinegro.
– Conversamos um pouco. Ele me disse que há um grupo fantástico de jogadores, um estafe do clube também fantástico. Temos um passado muito parecido. Enquanto o Luís era coordenador do Porto eu era treinador da base do Benfica. Nos cruzamos várias vezes. Quando assumiu a equipe B do Porto e a equipe A, eu fiz o mesmo percurso – destacou.
Lage adotou cautela ao falar em relação à possibilidade de título.
– Um título é sempre importante para qualquer treinador, mas não temos tempo para pensar nisso. O que me dá mais prazer são as recepções, a forma de celebrar títulos, de se celebrar no estádio. O que me dá satisfação é dar alegria às pessoas. Esse é o meu foco. Trabalhar com jogadores, tirar o melhor deles e dar tudo pelo torcedor que vai apoiar o time – declarou.
Mais cedo, Bruno Lage desembarcou no Rio de Janeiro e foi recepcionado por um grupo de torcedores do Glorioso no Galeão.