Ato acontece diante da falta de avanços nas negociações com o governo federal
Servidores técnico-administrativos dos institutos federais da Educação em Goiás realizam uma “grande manifestação” pela greve nesta terça-feira (27), no Hospital das Cínicas, em Goiânia. O ato foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo) e pelo Comando Geral de Greve do Estado de Goiás (CGG-GO).
O ato está previsto para começar às 8h. Do Hospital das Clínicas, os manifestantes seguirão em passeata até a Praça do Bandeirante. Segundo o Sint-Ifesgo, o evento é para demonstrar força e unidade na luta por melhores condições de trabalho, reajustes salariais justos, plano de carreira digno e garantia de direitos.
“Diante da falta de avanços nas negociações [com o governo federal], é essencial que nos unamos e mostremos nossa determinação em defender nossos interesses coletivos. Participar desta manifestação não é apenas um direito, mas um ato de coragem e exigência por respeito e reconhecimento pelo trabalho essencial que realizamos diariamente”, diz o comunicado.
Os servidores estão em greve desde março. Vale citar, a paralisação, que teve início no Hospital das Clínicas, em Goiânia, impacta os servidores da educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás (IFG), IF Goiano, Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e Universidade Federal de Jataí (UFJ).
Ao Mais Goiás, à época, o Sint-Ifesgo informou que a “greve é em resposta à falta de reajuste e valorização da categoria. Nas últimas mesas de negociação, a proposta do governo foi de aumento nos auxílios e 0% de reajuste. Assim sendo, a categoria deliberou por greve para que o governo dê um real reajuste para a categoria que há mais de seis anos segue reajuste salarial”.
Ainda em dezembro do ano passado, o governo federal propôs auxílio-alimentação, mas deixou de fora o reajuste salarial. Foram ofertadas as seguintes propostas: R$ 342 (51,9%) no vale-alimentação; R$ 215 no subsídio per capita saúde suplementar; e de R$ 484 no auxílio-creche.
Já para os servidores públicos aposentados, apenas o reajuste no subsídio de saúde complementar poderia contemplá-los, uma vez que eles não contam com vale-alimentação. Os técnicos aguardavam um retorno favorável do governo federal ainda em fevereiro, o que não ocorreu. A categoria reivindica reajuste salarial de 34,32% ainda para este ano.