Um servidor da Prefeitura de Goiânia facilitou para a empresa, a cobrança irregular
A Polícia Civil, com apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), deflagrou no domingo (26/05) uma operação para investigar um estacionamento irregular em frente ao Parque Agropecuário de Goiânia. A empresa JD Park, responsável pelo estacionamento, cobrava R$ 50 por veículo, utilizando indevidamente vias públicas e se autointitulando “estacionamento oficial” da Pecuária.
A irregularidade foi agravada pela emissão de uma “autorização” ideologicamente falsa pela Prefeitura de Goiânia, na noite do dia 23 de maio. O documento, assinado pelo diretor de Licenciamento, Sebastião Matias, visava regularizar o estacionamento, mesmo após auditores fiscais terem tentado cessar a atividade ilegal no mesmo dia. Por meio de nota, o Paço Municipal informou que vai apurar as irregularidades e exonerou o servidor.
Há indícios de que organizadores de eventos da Pecuária estariam envolvidos na operação irregular, obtendo lucro com as cobranças indevidas. Estima-se que o faturamento diário do estacionamento chegasse a R$ 50 mil.
Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu máquinas de cartão de crédito e o dinheiro faturado no dia. Os crimes investigados são falsidade ideológica, fraude em licitação e associação criminosa.
O delegado responsável pela investigação afirmou que “a ação demonstra o compromisso da Polícia Civil em combater irregularidades e garantir a segurança dos cidadãos durante a Pecuária de Goiânia”. A GCM também ressaltou a importância da parceria entre as forças de segurança para o sucesso da operação. O Mais Goiás não conseguiu contato, nem com a empresa, tampouco com o servidor exonerado. A matéria poderá ser atualizada.
Leia abaixo a nota da Prefeitura de Goiânia:
A Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec) informa que está apurando a denúncia veiculada nos veículos de comunicação, buscando informações internas sobre a autorização expedida para o estacionamento oficial da Pecuária de Goiânia.
Será instaurado um processo administrativo para apurar vícios ou eventuais responsabilidades internas e externas.
A Sedec informa ainda que não compactua com nenhum tipo de exploração econômica sem o devido processo legal.