A entrega do próximo Oscar não vai mais ser em 28 de fevereiro, mas em 25 de abril de 2021, segundo anunciado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas na última segunda (15). Por causa da pandemia de coronavírus, a data de elegibilidade dos filmes também foi estendida –poderão concorrer as obras lançadas de 1º de janeiro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021.
Os indicados ao Oscar serão anunciados em 15 de março.
“Nossa expectativa, ao estender esse período e a data da premiação, é permitir a flexibilidade de que cineastas precisam para finalizar e lançar seus filmes sem ser penalizados por algo que está além do controle de todos”, afirmaram em nota o presidente da Academia do Oscar, David Rubin, e a CEO da organização, Dawn Hudson.
A Academia anunciou também o adiamento da abertura de seu museu, que aconteceria em dezembro e passou para abril.
Ainda não se sabe se a cerimônia manterá seu formato de sempre, com uma festa num grande teatro, ou optará por alguma versão virtual, que mantenha regras de distanciamento mais rígidas.
Não é a primeira mudança que o Oscar anuncia para a próxima edição. A Academia também quebrou uma regra antiga ao decidir que levará em consideração filmes lançados apenas no streaming, sem passar pelos cinemas, já que as salas passarão boa parte do ano fechadas ao redor do mundo.
Na semana passada, também foi divulgado que a edição de 2022 do Oscar terá dez indicados a melhor filme, em vez da variante entre cinco e dez indicados que vigora hoje. Espera-se que sejam anunciadas mais medidas para aumentar a diversidade na premiação, seguindo os protestos massivos contra o racismo após a morte de George Floyd.
É a quarta vez que o Oscar é adiado em sua história de 93 anos. O primeiro episódio foi em 1938, quando houve uma inundação em Los Angeles; depois em 1968, por causa do assassinato de Martin Luther King; e em 1981, após um atentado contra o presidente Ronald Reagan.