sábado, novembro 23, 2024
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Funcionários de empresa de telefonia são investigados por fraudes em quase 200 contas de clientes causando prejuízos de mais de R$ 300 mil, diz polícia

Polícia Civil identificou 756 golpes realizados desde outubro de 2021. Dos cinco suspeitos, dois foram presos e outros três estão foragidos, de acordo com a PC.

Patricia da Silva Valério (presa) à esqueda, Sthefanny Silva Santos (foragida) ao centro, e Wellington Junio Bernardes Souza (foragido) à direita, já Lucas e Camila não tiveram as imagens divulgadas — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Patricia da Silva Valério (presa) à esqueda, Sthefanny Silva Santos (foragida) ao centro, e Wellington Junio Bernardes Souza (foragido) à direita, já Lucas e Camila não tiveram as imagens divulgadas — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Um homem e duas mulheres foram presos, nesta quinta-feira (30), suspeitos de aplicar 756 golpes em 189 contas de clientes de uma empresa afiliada a uma das maiores operadoras de telefonia do país, em Itumbiara, no sul goiano. Outras duas pessoas, que trabalhavam com a dupla no local, estão foragidas suspeitas de participar do crime, segundo a Polícia Civil (PC). O prejuízo provocado pelo grupo ultrapassa R$ 300 mil.

O Foconews tentou contato com as defesas de Lucas Alves de Freitas, Camila de Paula Souza e Sthefanny Silva Santos para que pudessem se manifestar, mas não conseguiu as localizar até a última atualização desta reportagem. Como Wellington Junio Bernardes Souza e Patricia da Silva Valério seguem foragidos da Justiça, o foconews também não conseguiu contato com as defesas deles.

As fraudes começaram, segundo a PC, em outubro de 2021, após o grupo descobrir uma série de funcionalidades e vulnerabilidades no sistema da operadora. Eles passaram a vender “vantagens” de forma direta a clientes do local, provocando prejuízos à operadora. Em apenas uma conta, as fraudes ultrapassaram R$ 119 mil.

Entre as “vantagens” estavam melhorias de planos, com aumento do pacote de dados e inclusão de serviços como liberação de plataformas de streaming. A “cabeça do esquema”, conforme a corporação, era Camila. Ela foi desligada da empresa por justa causa em outubro de 2021, após apresentar um atestado falso. Entretanto, mesmo fora do local, ela orquestrou as fraudes com a ajuda dos outros quatro suspeitos.

Kamila, inclusive, usava um grupo em uma rede social para conseguir enganar os funcionários ativos da empresa que não faziam parte do esquema. A PC informou que, com uma conversa amigável, a mulher conseguia os usuários dos funcionários com a desculpa de que estava com problemas nos acessos.

Ao conseguir entrar na rede e com o auxílio de Lucas, que tinha livre acesso aos sistemas da operadora, ela usava a conta dos colaboradores para aplicar os golpes. A mulher, inclusive, oferecia dinheiro para que os funcionários fornecessem os acessos. As fraudes foram descobertas pela própria operadora que, posteriormente, informou a polícia.

A polícia irá investigar a participação dos supostos clientes, a fim de entender se eles tinham ciência da prática criminosa.

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