Iniciativa vem sendo promovida pelo Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) e pela Justiça do Trabalho.
A Secretaria Municipal de Assistência Social está apoiando o projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”, que busca capacitar e encaminhar ao mercado formal de trabalho pessoas em vulnerabilidade socioeconômica, como imigrantes, trans, pessoas em situação de rua, mulheres negras, entre outros.
Desde 2018, a iniciativa vem sendo promovida pelo Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) e pela Justiça do Trabalho, com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Senai/Goiás. O projeto já qualificou cerca de 650 pessoas e foi implementado em sete municípios goianos.
Estiveram presentes na reunião, realizada na última sexta-feira (14/04), o secretário de Assistência Social, Zé Antônio, a Dra. Patrícia Passoli Ghedin – (Juíza de Direito), Dr. Tiago Ranieri – (Promotor), Misclay Marjorie, (Diretora do SENAI), Lohany Lemes, (Assessora da Juíza), Dra. Chyntia Barcellos, (Advogada e Consultora em Diversidade para Empresas), Pedro Henrique (Diretor de Assistência Social), Deivid Silva (Diretor do núcleo Senai de Valparaíso) Marília Lima (Chefe de Gabinete).
“Empresas que valorizam a diversidade e a inclusão têm impacto positivo em seus resultados, além de serem vistas de forma mais positiva pela sociedade. Os nossos agradecimentos ao prefeito Pábio Mossoró pelo apoio neste e em todos os demais projetos que visam beneficiar a comunidade”, disse Zé Antônio.
Para mais informações e contratar pessoas capacitadas pelo projeto, entre em contato por meio do e-mail: prt18.aps.oficio2@mpt.mp.br
SECOM-PMVG
SAIBA QUAIS SÃO AS UNIDADES DO CRAS EM VALPARAÍSO
Município conta com o CRAS Ipanema, CRAS Pracinha da Cultura, CRAS Céu Azul e CRAS Santa Rita.
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é a porta de entrada para o cidadão acessar seus direitos sociais. O trabalho do CRAS é prevenir situações de vulnerabilidade e riscos sociais das famílias, com oferta de projetos e programas de apoio a quem precisa.
Em Valparaíso temos o CRAS Ipanema, CRAS Pracinha da Cultura, CRAS Céu Azul e o CRAS Santa Rita. Nestas unidades a população consegue orientações e informações sobre o Bolsa Família, Cadastro Único, Programa Criança Feliz e demais programas sociais.
“Nós realizamos a escuta qualificada individualizada, onde o usuário chega até a unidade, recebe o atendimento necessário e dependendo da demanda, nós encaminhamos pro setor específico”, disse a psicóloga Ana Paula Lustosa.
Todas as unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e de 13h às 17h. Faça uma visita e conheça os serviços oferecidos pelas unidades.
SECOM-PMVG
Filme Para’í tem pré-estreia durante festival em aldeia guarani em SP
Longa-metragem estará nos cinemas a partir desta quinta-feira (20)
Publicado em 16/04/2023 – 19:12 Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
O longa-metragem Para’í, do diretor Vinicius Toro, teve pré-estreia neste domingo (16) na Terra Indígena (TI) Jaraguá-Guarani, na Vila Jaraguá, zona noroeste da capital paulista. O filme, com estreia nos cinemas prevista para esta quinta-feira (20), foi exibido no início da tarde na segunda edição do Festival Yvy Porã Jaraguá é Guarani.
O longa, selecionado para diversos festivais, como o 51º Festival de Brasília, a 22ª Mostra de Cinema de Tiradentes e o 20º Festival do Rio, foi gravado na TI do Jaraguá e teve participação ativa dos indígenas na produção e no roteiro.
“Tudo que passou nesse filme é a nossa vida mesmo. Nós continuamos assim dessa mesma forma, vivendo, resistindo, preservando essa floresta, cuidando desses animais”, destacou Sonia Ara Mirim, da comunidade Guarani do Jaraguá, que participou como atriz e roteirista.
O filme, que foi exibido sob uma tenda dentro de uma área de Mata Atlântica, conta a história de duas crianças indígenas que se aventuram para fazer com que algumas sementes de milho colorido guarani germinem e cresçam.
Nessa caminhada, elas se deparam com muitos dos elementos que marcam a vida da comunidade indígena do Jaraguá: a luta pela demarcação das terras e a falta de espaço para plantar; os incêndios criminosos; o contraste da religião tradicional indígena e a evangélica; e a valorização da língua guarani.
“Quando a gente faz um filme como esse, ele retrata a nossa realidade. Não adianta a gente fazer um filme aleatório. Isso aqui é verdadeiro, aconteceu. Nós temos o nosso modo de vida e precisava ser mostrado”, diz Mirim.
Ela destaca ainda as dificuldades para o reconhecimento do seu povo. “Nada é fácil para nós. Sempre tem algo que impede os povos indígenas aqui do Jaraguá de serem vistos como somos, nos impede de mostrar nossa cultura. Muitos falam que nós não somos indígenas, que aqui é uma favela, e a gente tinha que mostrar o contrário disso. Sempre estamos procurando mostrar quem somos.”
Temas reais
O diretor Vinicius Toro ressalta que, apesar de ser um filme encenado, o longa incorporou uma série de temas reais que, inclusive, ocorreram durante a produção do filme. “Um dia antes de a gente entregar o projeto, que a gente estava buscando patrocínio, teve uma queimada e a gente foi lá registrar”, conta.
“Essa questão das igrejas [evangélicas] que estão ao redor, a gente começou a incorporar no desenvolver do filme. Tinha essa ideia inicial de ser um filme que tratava de temas reais, mas também ser um filme encenado”.
O filme é uma produção da Travessia Filmes e será lançado nos cinemas pela distribuidora Descoloniza Filmes. O trailer oficial pode ser visto no Youtube.
A Terra Indígena (TI) Jaraguá ainda enfrenta disputas judiciais para a demarcação de terra definitiva. Em 2017, a Portaria 693 do Ministério da Justiça e Segurança Pública reduziu a extensão da TI a 1,7 hectare, quando o processo de demarcação indicava que a reserva deveria ser de 512 hectares. Uma liminar, naquele mesmo ano, suspendeu a portaria.
Violência nas escolas: estados definem protocolos de combate
Secretarias de Educação e área de segurança atuarão de forma integrada
Publicado em 16/04/2023 – 16:34 Por Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil* – Brasília
Governos estaduais divulgaram na última semana protocolos de ações para combater ameaças à comunidade escolar. Em geral, a partir das características e estruturas de cada unidade federativa, foi proposto que as secretarias atuem de forma integrada também com os órgãos de inteligência As alternativas incluem, por exemplo, ampliação do policiamento escolar, telefones para denúncia e até medidas como o “botão do pânico”.
Por outro lado, professores chamam a atenção para o fato de que é necessário aperfeiçoar medidas protetivas, e que as secretarias atuem em rede.
Diretora do Sindicato dos Professores de Escolas Públicas do Distrito Federal, Luciana Custódio afirma que é preciso evitar militarização de escolas, que tem se mostrado ineficiente. “Temos múltiplas realidades: escolas com estrutura e outras sem condições, em comunidades desassistidas. É preciso que a escola seja, de fato, um ambiente de paz.”
Nas administrações estaduais, o fluxo que deve ser seguido para dar agilidade às denúncias foi pormenorizado para que as reações contra a violência sejam mais rápidas.
Cofira propostas do DF e de nove estandos
São Paulo
Em São Paulo, o governo do estado anunciou a contratação (temporária) de 550 psicólogos para atendimento nas escolas estaduais, além de mil vigilantes de empresas de segurança privada que vão trabalhar nas unidades, desarmados. Nessas contratações serão gastos R$ 240 milhões.
Segundo o governo paulista, cada psicólogo deverá atuar em, ao menos 10 escolas, e fazer uma visita por semana em cada colégio. Quanto à vigilância privada, o objetivo é que o segurança esteja todos os dias nas unidades.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o governo estadual criou o Comitê Permanente de Segurança Escolar, com representantes da segurança pública e da Secretaria da Educação para atuar na prevenção às situações de violência nas escolas públicas e privadas.
Também foi apresentado pela Polícia Militar (PM) o aplicativo Rede Escola, inspirado no Rede Mulher. A ferramenta, que deve entrar em operação em até dois meses, vai conectar diretamente os profissionais da rede de ensino à Polícia Militar.
A PM destacou o reforço da patrulha escolar e a criação do aplicativo Rede Escola, que já está em fase de implantação. “Uma ação desenvolvida pela secretaria e em fase de conclusão é o treinamento de gerenciamento de crise e protocolos de segurança para os profissionais da educação”, informou o secretário de Polícia Militar, coronel Henrique Pires.
Quanto às ameaças, a secretaria tem um protocolo contra ameaças implementado em todas as 1.549 escolas.
Distrito Federal
No Distrito Federal (DF), o governo anunciou, na semana passada, um conjunto de medidas para prevenção da violência e reforço da segurança para as 1.624 escolas e creches das redes pública e privada, além de faculdades e universidades.O reforço inclui aumento no efetivo policial, com a participação de vigilantes.
Outra ação é a ampliação do monitoramento de perfis em redes sociais com histórico de apologia à violência e também investigação de postagens da deep web (área da internet não encontrada pelas ferramentas de busca, o que é aproveitado para compartilhamento de conteúdo ilegal).
“O efetivo do batalhão escolar da PM está sendo aumentado para estar presente na grande maioria das unidades do DF”, disse o secretário Sandro Avelar, conforme divulgou a agência de comunicação do governo local.
Mato Grosso do Sul
O governo de Mato Grosso do Sul anunciou reforço da ronda policial nas escolas, com viaturas e helicópteros, ampliação do monitoramento com novas câmeras e um dispositivo chamado de “botão do pânico” para eventuais emergências.
Para usar corretamente o dispositivo, os profissionais da educação passarão por treinamento e capacitação. As ações são consideradas preventivas e terão parceria com iniciativas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd) e os projetos Bom de Bola, Bom na Escola, Projeto Florestinha e Bombeiros do Amanhã.
Outra ação é ampliação de câmeras de vigilância 24 horas por dia nas 348 escolas estaduais do estado. Outra ação foi o lançamento do Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar, que será um espaço dentro da Central de Monitoramento das Escolas com policiais que vão acompanhar as investigações. O treinamento para professores em casos de necessidade de evacuação da escola vai ser intensificado, informou o governo.
Pernambuco
Em Pernambuco, o governo anunciou a ativação de um número de telefone exclusivo para emergências escolares (197). A finalidade é que professores, alunos, pais ou qualquer pessoa que tenha conhecimento de ameaças possa acionar a segurança pública. As informações terão sigilo garantido.
A Secretaria de Segurança Pública enfatizou que a comunicação com as famílias é primordial para o combate à violência nas escolas. Dentre as resoluções contidas no protocolo estadual, está prevista o treinamento dos profissionais como caminho de prevenção, além de ampliação do policiamento escolar. Os trabalhos incluem ainda o videomonitoramento, reforço da patrulha escolar e criação de uma central de monitoramento.
Bahia
A Segurança Pública da Bahia divulgou também um canal para comunicação de possíveis ameaças (reais ou falsas). O número disponibilizado é o 181. O governo informou que as informações serão tratadas de maneira emergencial pela Superintendência de Inteligência e repassadas para as forças policiais
Os trabalhos preveem ainda a intensificação do patrulhamento especializado da Ronda Escolar e das unidades da Polícia Militar. As ações de inteligência e investigação da Polícia Civil têm apoio da Coordenação de Inteligência Cibernética (Cyberlab).
Segundo a Assessoria de Comunicação do governo estadual, o delegado Delmar Bittencourt, coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética da Polícia Civil, garantiu que haverá compartilhamento de dados com outros estados.
Ceará
A Segurança Pública do Ceará anunciou que, além das ações de vigilância nas cercanias das escolas, tem investido em ações de inteligência contra desinformação e perfis que espalham ameaças.
O governo usa monitoramento realizado pela Coordenadoria de Inteligência. Um dos resultados é que entre 3 e 11 de abril foram identificados 18 perfis em mídias sociais que relataram ameaças.
As denúncias podem ser encaminhadas para o número 181 ou para o (85) 3101-0181.
Pará
O governo do Pará informou que vai enviar à Assembleia Legislativa do estado um projeto de lei (PL) para instituir o Programa Escola Segura e criar o Núcleo de Segurança Pública e Proteção Escola.
De acordo com o governo, o projeto viabilizará o monitoramento por câmeras de segurança nas escolas, o fortalecimento da ronda escolar nos 144 municípios do estado e a definição de protocolos de segurança, com participação de psicólogos e assistentes sociais.
Segundo o governo, o foco é o desenvolvimento de ambientes seguros e harmônicos, com agentes públicos treinados para melhor atender alunos, familiares, a comunidade e equipes escolares.
Amazonas
O governo do Amazonas informou que trabalha na elaboração de projetos para aderir ao edital de chamamento público do Ministério da Justiça e Segurança Pública para o Programa Nacional de Segurança nas Escolas.
De acordo com o governo estadual, as ações de segurança já estão sendo fortalecidas, com iniciativas nas escolas do Departamento de Prevenção à Violência em parceria com a Secretaria de Educação.
Rio Grande do Sul
O governo do Rio Grande do Sul anunciou a intensificação do policiamento nas proximidades das escolas e o monitoramento dos chamados grupos de ódio.
Segundo o governo gaúcho, o reforço policial será mantido pelo tempo que for necessário para tranquilizar a população quanto à segurança de alunos, professores e demais profissionais da educação.
O estado também vai promover ações de comunicação para orientar sobre os canais oficiais para denúncias: o telefone 190, para situações de emergência, e telefone 181 para denúncias. Não há necessidade de identificação do autor, e os canais funcionam 24 horas.
*Colaboraram Bruno Bocchini e Douglas Correa
Edição: Nádia Franco
Insônia: especialistas alertam para riscos de remédios inadequados
Medicamentos para o sono sem prescrição podem causar efeitos negativos
Publicado em 16/04/2023 – 13:05 Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
“Minha insônia começou quando mudei de trabalho e passei a ficar 100% home-office” [escritório de casa]. O que poderia ser uma facilidade foi o início dos episódios de insônia para a jornalista Poliana Bollini Marques, de 49 anos. “Apesar de todas as facilidades e de não precisar mais acordar antes das seis horas da manhã, meu horário de dormir ficou bem complicado e só conseguia adormecer por volta das três da madrugada”, recorda.
Poliana conta que ficou um tempo sem se tratar. “Fiquei um bom tempo assim e atribuindo a insônia a mudança no trabalho. Eu simplesmente não tinha sono. Até hoje é muito raro. Mesmo quando ia dormir tarde e acabava acordando cedo, durante o dia não sentia – e ainda não sinto – sono”.
O Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo (Episono), conduzido pelo Instituto do Sono, apontou que 45% das pessoas queixam-se de insônia ou dificuldade para dormir em São Paulo. A mesma pesquisa revelou que 15% dos paulistanos sofrem de insônia crônica.
A insônia é definida com a insatisfação em relação à qualidade e\ou quantidade de sono, podendo se manifestar como a dificuldade em iniciar o sono, assim chamada de insônia inicial; dificuldade em manter o sono: presença de despertares ao longo da noite, chamada de insônia de manutenção; ou pode se manifestar por um despertar antes do horário previsto, com dificuldade de retornar ao sono, chamada de insônia do despertar precoce.
“A insônia crônica é quando acontecem episódios pelo menos três vezes por semana durante o mínimo de três meses, com consequências diurnas, associada à perda de concentração, alteração de memória, irritabilidade, perda de produtividade, normalmente consequências desse sono fragmentado”, explica a pneumologista e especialista em sono Luciane Luna de Mello, do Instituto do Sono. Um período inferior a este, isto é, por um mês ou menos é insônia aguda.
A insônia pode estar associada a outras doenças como depressão, ansiedade, doenças neurológicas e situações de dores crônicas, por exemplo. “Além disso, também pode estar associada a hábitos, comportamentos inadequados que não favorecem o relaxamento e o início do sono como o uso de excessivo de telas – especialmente próximo do horário de dormir, consumo excessivo de café ou bebida alcoólica, alimentação pesada ou gordurosa antes do horário de dormir”, disse a neurologista Marcia Assis, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (Absono).
A prática de atividade física próxima ao horário de dormir e as condições do ambiente de dormir como temperatura e ruídos, ou ainda ter um parceiro de cama que ronca, podem perturbar o sono, completa a neurologista. “Até mesmo outra doença do sono pode estar associada à insônia e causar a piora da qualidade do sono como a Apneia do Sono”, acrescenta a neurologista.
Impactos
“A insônia tem um impacto absolutamente importante na sociedade, impacta no dia a dia, na produtividade e na saúde das pessoas”, alerta a médica Luciane Luna de Mello, do Instituto do Sono. Segundo a especialista, a insônia ainda pode diminuir a imunidade e piorar a condição clínica. “Esses indivíduos podem ter ainda uma irritabilidade, inclusive com quadros neurológicos ou psiquiátricos associados a esse processo de insônia, que podem gerar processos psiquiátricos. Outras vezes a insônia é gerada por doenças psiquiátricas, como causa secundária”, explica.
Poliana Bollini Marques procurou ajuda quando percebeu os prejuízos que a falta de sono causava durante o dia. “Muito cansaço, memória ruim, um pouco de irritabilidade e pouca produtividade. Fora o incômodo, tristeza mesmo, de ficar acordada todo dia até às três horas da manhã”, relembra.
Mas, antes de procurar ajuda, ela tentou medicamentos por conta própria. “Fiz uso de melatonina sem prescrição médica. Foram meses tomando e nada de resultados. Achei que melatonina era para insônia, mas hoje eu sei que ajuda em casos de jet lag [mudança de fuso horário que provoca alterações dos padrões de sono], por exemplo. Melatonina não é tratamento para insônia. Além da melatonina, tomei remédios fitoterápicos. Como um só não funcionava, às vezes tomava dois ou três. Nada adiantou”, conta a jornalista.
Mesmo com tantas ofertas de medicações para induzir ao sono, a automedicação não é uma solução a longo prazo, explica a especialista Luciane de Mello. “Muitos indivíduos com automedicação chegam no consultório até viciados em remédios que não vão ser os mais adequados para aquele quadro”.
Entre os medicamentos tomados por conta própria estão os fitoterápicos. “Muitos fitoterápicos não têm o efeito sobre o sono adequado, muitos não têm confirmação científica de que atuam sobre o sono. Na literatura [médica], o que tem uma confirmação melhor é a valeriana [planta medicinal]. Mas tem que ser adequada para um quadro leve de insônia ou para indivíduos mais jovens”, observa Luciane.
A médica adverte que as medicações não são isentas de efeitos colaterais. “É preciso ter cuidados porque toda medicação é substância química e, mesmo a substância natural tem suas substâncias intrínsecas e que vão fazer algum tipo de efeito, algumas consequências relacionadas ao uso indiscriminado e em quantidades que não devem ser usadas”, frisou.
Melatonina
“A melatonina não é uma substância recomendada para o tratamento da insônia”, alerta a neurologista Marcia Assis, vice-presidente da Absono. “A melatonina é um hormônio e não é utilizada para tratar a insônia”.
A especialista esclarece que existem doenças do sono e situações médicas especiais que a melatonina pode ser indicada pelo médico, “porém, não deve ser usada por conta própria e menos ainda para tratar a insônia, pois não é recomendada. A tentativa, sem orientação, de tratar a insônia pode apenas mascarar os sintomas e provocar o estado crônico”, adverte a neurologista.
Márcia ressalta que existem medicamentos aprovados e recomendados para os diversos tipos de insônia, mas que o tratamento considerado padrão ouro para a insônia é a Terapia Cognitivo Comportamental para a Insônia (TCC-I).
“As terapias medicamentosas e não medicamentosas podem ser associadas. Deve-se lembrar que a TCC-I é realizada pelo profissional da psicologia especializado em sono. Além disso, a higiene do sono dever ser estabelecida para os melhores resultados”.
Tratamentos
Poliana vem se tratando com a TCC, indicação de uma otorrinolaringologista, especialista em medicina do sono. “Foi um divisor de águas! Ela me orientou, me ensinou sobre a higiene do sono e fiz Terapia Cognitiva Comportamental. Também procurei uma psiquiatra, pois a pandemia prejudicou ainda mais meu sono. Hoje, tomo uma medicação, o cloridrato de trazodona, e faço acompanhamento com a psiquiatra e a psicóloga”.
Para ela, o que falta agora é fazer exercícios físicos, “pois eles ajudam muito em toda a nossa saúde. Além disso, tenho 49 e anos e percebo que estou entrando na perimenopausa. Outra fase que mexe com o sono. Vou incluir a ginecologista nesta etapa como mais uma ajuda para cuidar do meu sono. Me sinto muito melhor, mas ainda tem ajustes, pois as fases da vida estão mudando e é preciso prestar atenção, sempre”, alerta.
A terapia tem como base a higiene do sono, um conjunto de práticas que prepara o organismo para dormir. Entre as orientações, os especialistas indicam aos pacientes sair da cama, quando despertam no meio da noite, ficam ruminando ideias e não conseguem dormir. Em outro ambiente, devem se dedicar a uma atividade relaxante, como a leitura de um livro, meditação ou realizar técnicas de respiração para que mudem o pensamento e consigam adormecer. “Assim, o cérebro vai associar a cama ao sono e não à insônia”, ressalta a médica Luciane Luna de Mello.
Higiene do sono
Para todos que apresentam insônia ou não, cuidar dos hábitos antes de dormir é fundamental para uma boa noite de sono. Baseadas na higiene do sono, as médicas Luciane Luna de Mello e Marcia Assis mostram como hábitos adequados podem ajudar as pessoas a dormir melhor.
• Mantenha uma rotina: estabeleça horários para o sono, a alimentação, os exercícios físicos, o lazer, o trabalho e as atividades com a família.
• Não leve o notebook ou celular para cama: Eletrônicos provocam aumento do estado de alerta, além da luminosidade dificultar o início do sono.
• Desacelere antes de dormir: pelo menos uma hora antes de se deitar faça uma atividade relaxante: tome banho, leia, ouça música, faça meditação ou qualquer outra atividade que ajude a desacelerar.
• Evite permanecer na cama trabalhando, lendo e-mails, assistindo TV. Reserve este momento para atividades que provoquem relaxamento. Deite-se somente quando estiver com sono.
• Evite alimentos pesados e bebidas com cafeína: faça refeições leves até duas horas antes de deitar. Não tome café, energéticos e chá preto e outras infusões que contêm cafeína à noite.
• Atividade física é uma boa, mas não próximo ao momento de dormir: pratique exercícios com regularidade, mas respeite um intervalo de pelo menos quatro horas antes do horário de dormir.
• Mantenha o local de dormir ventilado, silencioso e escuro. Procure deixar numa temperatura adequada e confortável. Ambientes muito quentes ou frios podem dificultar o início do sono ou provocar despertares durante a noite.
• Verifique seu travesseiro e o colchão, pois a vida útil da maioria deles é de oito a dez anos.
• Evite as bebidas alcoólicas – elas podem causar um relaxamento nas primeiras horas de ingestão, entretanto, ao longo da noite, provocam fragmentação do sono e redução de fases mais profundas de sono. Além disto, o relaxamento do álcool pode agravar o ronco. O tabagismo também prejudica o sono.
• Para aqueles que preferem um cochilo durante o dia, este deve ser curto, no máximo 20 a 30 minutos e após o almoço.
• Evite o uso de medicações para o sono sem a prescrição médica, pois podem causar efeitos indesejáveis e negativos. A ajuda de um profissional é fundamental.
Qual é o futuro da advocacia?
Quando combinados, a tecnologia e o trabalho humano se complementam. Quando falamos em inteligência artificial, essa combinação é capaz de alterar substancialmente nossas vidas, nossa relação com o trabalho e, por que não, a prática da advocacia. A inteligência artificial permitirá a automação dos processos – incluindo a checagem dos dados – deixando o advogado com mais tempo disponível para atividades de maior valor agregado em benefício do cliente. Mas não é só isso: com a inteligência artificial, clientes e advogados partirão de uma mesma base de dados para a análise dos casos, sem assimetria de informações e com custo baixo de pesquisa e mão de obra. Essa constatação muda completamente a lógica da advocacia tradicional. Isto posto, qual será o papel do advogado no futuro? Quais os atributos e o que será esperado de um escritório dentro deste cenário que se desenha (lembrando que o futuro já chegou)? 1) Advocacia propositiva. Com a base de dados disponível a todos – advogados e clientes – o papel do advogado deixará de ser majoritariamente responsivo. Os profissionais precisarão entender profundamente o Direito, as ferramentas de tecnologia e a inteligência artificial e sua aplicabilidade nos negócios, em um novo perfil generalista-especialista, para identificar oportunidades e gerar valor nas suas ações junto aos clientes. O futuro será de profissionais com formações e/ou especializações além do Direito, promovendo um serviço de maior valor agregado ao cliente, utilizando um conhecimento multidisciplinar. Os escritórios de advocacia serão ainda mais indispensáveis para a estruturação dos negócios das empresas, ocupando um papel proativo e complementar às áreas de negócio. 2) O advogado como copiloto. Segundo o CEO da Microsoft, Satya Nadella, a atual geração da inteligência artificial traz os usuários para a função de copilotos – em vez de operarem no piloto automático. Só usufruirá o benefício da IA o usuário que estiver junto dela, pilotando com ela. Não serão necessárias muitas pessoas para tanto: somente poucos e bem preparados profissionais. Assim, o advogado que hoje apenas apresenta as respostas será substituído por aquele que souber fazer as perguntas corretas. É este profissional que conseguirá trazer soluções diferenciadas e de alto valor agregado em termos de prestação de serviços. 3) A qualidade do profissional fará toda a diferença. A vivência de casos, uma bagagem teórica bastante profunda, a multidisciplinariedade e facilidade de aprendizado, a familiaridade com as ferramentas tecnológicas, a curiosidade e capacidade de comunicação clara serão diferenciais muito desejáveis. A excelência na prestação de serviços jurídicos será obtida pelos profissionais que conseguirem identificar o que é essencial, o que de fato atende ao cliente. Em outras palavras, após depurar as informações disponibilizadas pela tecnologia e, na grande maioria das vezes, já analisadas e previamente discutidas pelos clientes, o advogado terá que apresentar a melhor solução, agregando sua experiência e valor humano. 4) A diversidade será essencial. Diversidade no campo das ideias e das relações. Somente com ela será possível navegar as incertezas, com ouvidos e olhar atentos a todos os stakeholders impactados pela assessoria legal. O papel de um escritório de advocacia terá de ser inclusivo, com ações e medidas para incorporar as opiniões divergentes e os mais variados tipos de olhar, com ações práticas de igualdade de gênero e inclusão. 5) Propósito e ideias compartilhadas. O escritório precisará ser um ambiente colaborativo de cocriação, onde as pessoas buscam propósito e felicidade. A integração do time e o storytelling com engajamento geram pertencimento real e tornam a experiência do cliente ímpar e verdadeira. 6) Sustentabilidade como pilar de decisão. Um escritório de advocacia precisa ter sustentabilidade em suas instalações. Estruturas muito grandes e hierarquizadas não parecem fazer mais sentido. A inteligência artificial fornecerá as informações necessárias para a tomada de decisão, sem que para isso sejam necessárias infindáveis horas de pesquisa e busca de informações. O ser humano continuará a peça essencial na prestação de serviços jurídicos – mas deixará a máquina fazer o trabalho burocrático e de pesquisa. Caberá ao advogado se ocupar do essencial: validar e aprimorar a melhor solução jurídica, levando sempre em consideração as relações humanas e a felicidade dos envolvidos. A proposta para o futuro é a prática de uma advocacia descomplicada, personalizada, que se utiliza das ferramentas tecnológicas para valorizar o trabalho humano de qualidade, com foco nos clientes.
Band exibirá quatro jogos por rodada na Série B do Campeonato Brasileiro
Competição garante quatro vagas à Série A de 2024
Em mais uma parceria de sucesso com a Brax Sports Assets, a Band acaba de assinar um contrato para exibir os jogos da Série B do Campeonato Brasileiro com exclusividade na TV Aberta. Serão transmitidos quatro jogos por semana: dois para todo o Brasil e dois para algumas regiões do país.
O campeonato será disputado por 20 clubes, que se enfrentam entre si ao longo de 38 rodadas, sendo 19 jogos em casa e 19 fora. Ao final da competição, além do vencedor, os outros três melhores colocados garantem acesso à Série A de 2024. Já os quatro últimos serão rebaixados à Série C da temporada seguinte.
“A Série B é um belo produto que envolve torcidas apaixonadas. Vamos colocar o jeito Band de ser na transmissão de todos os embates”, conta Denis Gavazzi, diretor de Esportes.
Para Rodolfo Schneider, diretor geral de Conteúdo do Grupo Bandeirantes de Comunicação, a chegada do torneio reforça a programação esportiva da emissora. “Vamos atender aos fãs de futebol o ano todo com um calendário repleto de eventos esportivos ao vivo. Desde janeiro, com a exibição do Campeonato Carioca, até o final do ano, quando termina a Série B”.
Os duelos também poderão ser acompanhados pelo Band.com.br e pelo aplicativo Bandplay.