Defesa de acusada argumentou que havia incoerências nas conclusões do laudo inicial
A Justiça rejeitou o pedido da defesa da advogada Amanda Partata, de 31 anos, para um novo exame de insanidade mental. Partata é acusada matar seu ex-sogro e a mãe dele envenenados com bolos de pote. O juiz Eduardo Pio Mascarenhas argumentou que o primeiro laudo não apresenta erros e indicou que Amanda estava consciente de seus atos quando cometeu o crime.
“O laudo médico pericial foi conclusivo, não havendo necessidade de correção por omissão, obscuridade ou contradição”, escreveu Mascarenhas na decisão. A defesa de Amanda disse que havia incoerências no laudo e que a perícia não foi esclarecedora, solicitando uma nova avaliação. O juiz negou o pedido e homologou o laudo pericial oficial.
Com a homologação do laudo pericial definitivo, o juiz marcou a audiência de instrução para o dia 25 de junho. O documento destacou trechos do primeiro exame médico pericial realizado pela Junta Médica Oficial do Poder Judiciário.
Segundo a perícia, a advogada apresentava, na época do crime, um quadro compatível com transtorno de personalidade borderline, traços comportamentais antissociais, bulimia nervosa e transtorno dismórfico corporal.
O envenenamento em Goiânia
No dia do crime, Amanda Partata comprou cinco bolos de pote e quatro bolos gelados, de uma marca conhecida da capital, em um empório no Setor Bueno, os envenenou com a substância adquirida, e, em seguida, foi até a residência de João Alves Pereira e Luzia Tereza Alves (avós de seu ex-namorado), a pretexto de lhes fazer visita. O Ministério Público aponta, no entanto, que havia “o intuito deliberado e consciente de oferecer-lhes para consumo os confeitos envenenados”.
Assim, durante o horário do café da manhã, Amanda Partata, “dissimuladamente e ciente da substância tóxica inserida nos confeitos”, ofereceu aos presentes na casa os bolos, além de biscoito e sucos que havia levado. O pai do ex-namorado, a mãe dele ingeriram os bolos de pote envenenados. Enquanto o avô do ex-namorado, João Alves Pereira negou por ser diabético e Agostinho Alberto Alves (tio) não quis porque estava ocupado com outras atividades.
No mesmo dia, o pai do ex-namorado de Amanda Partata e a avó dele passaram mal. Ambos não resistiram e morreram. Segundo as investigações, a intenção da advogada era que todos na casa comessem os bolos de pote envenenados.
Amanda Partata foi presa no dia 20 de dezembro de 2023.